RECADO MATINAL “O que pensas pertence a todos. Somente é teu o que sentes”.
Pois é na quarta-feira comemoramos o dia dos finados , e perdemos também esta semana duas pessoas do nosso convívio : Maria Efigênia de Oliveira, a Dona Maria da Lavagem que recebeu o titulo de Mulher Nota 10 deste colunista no ano de 2001, e Luiz Carlos Júlio, o Julião do pagode.
Já que estamos falando sobre morte
MORREU 1!
Na entrevista ela disse que velório de rico é um luxo, e o do pobre é um show. Na minha visão velório de rico é um desfile de grife, choro baixinho, maquiagem bem sóbria. As conversas são monologas, ou seja, enquanto um fala, certo grupo ouve. A postura é fundamental e é exaltada de maneira nobre. Não se ouve gritos e muito menos discursos familiares. A ingestão de alimentos limita-se ao cafezinho e ponto! Depois do velório todos vão para casa e mandam um telegrama. E a vida continua!
MORREU 2
Já no velório do pobre é um converseiro só! Os parentes, principalmente os mais íntimos, se jogam sobre o caixão e dizem em bom tom “me enterra junto”, “me leva”, um verdadeiro show. Os parentes de fora são recebidos com muito pão com mortadela. E a tolha de rosto é o acessório mais utilizado neste acontecimento. Coroa? Aquela artificial mesmo. Aquela criançada correndo para lá e para cá, a ponto do pessoal chamar a atenção da baderna infantil. Afinal o caixão não está cravado no chão e pode tombar.
MORREU 3
Isso quando o dono tem um cachorro! Ele se prosta em baixo do morto e ainda rosna, como se fosse agosto, o mês do cachorro louco. E aquela tia gorda que chega por último? Bem no estilo “até agora não estou acreditando, meu Deus porque foi acontecer isto?” . Não, não é brincadeira. Mas o pior fica para depois. Todos vão para casa e fazem aquela reunião. Nessa ocasião a macarronada é o prato principal, pois é fácil de fazer e rende mais. Porém o pior está para chegar, a discussão quem é quem no racha das despesas do defunto. Ai o bicho pega e vira o maior B.O. Aff!
MORREU 4
Mas a vida é assim mesmo, um to-ma-la-da-ca! Sorte para uns, prejuízos para os outros? “Por quê?” você estaria me perguntando? Obvio: o defunto rico sempre deixa algo a ser partilhado entre os familiares e o pobre do defunto pobre até na beira da morte morre com um carne do INS, das Casas Bahia, ou do Baú da Felicidade na mão. Aff duas vezes!
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E assim caminha a humanidade.
É bem vindo quem vier por bem
Ordem do dia: Silencie, trabalhe e ore!
Um ótimo sábado para todos
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