terça-feira, 25 de abril de 2017

Percurso
Com Ednei Xavier


Feliz aniversário,João Monlevade!

Vou me dirigir a quem não a conhece, pois quem a conhece sabe muito bem do que irei falar. Minha cidade é linda, tem flores, é arejada, moderna e singular. Cercada por uma reserva da Mata Atlântica, ela ainda guarda toda a graciosidade e simplicidade de uma cidade interiorana, mas com a estrutura para grandes possibilidades de vida. Um rio que a serpenteia e uma vegetação variada e rica que a tornam aprazível e com um clima agradável. Cidade plantada num vale aconchegante e doce.

Poderia falar de estatísticas, dados e números, ou mesmo, elencar uma série 
Foto: Sérgio Henrique


de motivos para amar Monlevade, mas isso não é preciso. Eu falo de João Monlevade. E o coração só aceita a linguagem da emoção!  Falo de Monlevade com a intimidade de quem com ela convive desde a primeira infância. Aqui é meu chão, aqui fixei raízes. Nem pense em maldizê-la perto de mim, pois Monlevade é meu chamego.


            Por um tempo, contrariando todo o meu amor por você, eu te deixei, minha querida Monlevade. Paixão antiga, dessas que se sentem na pele. Andei por outras ruas, outras esquinas e passagens tão lindas quanto, mas faltava nossa intimidade, cumplicidade, o nosso cotidiano em comum. Aqui é meu chão. Aqui ando de pés descalços e de olhos fechados, nem assim me perco. Se me perco, logo me vejo na tua paisagem, nos ipês primaveris, nas grevílias, nas sibipirunas espalhadas pela sua extensão, generosamente delineada por uma reserva de mata, ainda, fechada e num vale que a todos acolhe. Vejo-te também na alegria do teu povo, no teu eterno ar juvenil. Cheguei! E sempre que chego depois de um tempo fora, é forte a convicção de que aqui é meu chão. Crescemos juntos, vivemos nossa meninice, nossa adolescência, nossa mocidade, até virarmos “senhor e senhora”. Tempo suficiente para criarmos raízes. Posso até me afastar de ti, temporariamente, mas só volto a me encontrar quando chego e te vejo, qual porto seguro, a me acolher, me encantar. Por tudo isso posso te dizer: te amo, João Monlevade.


FIQUEM COMIGO E COM DEUS, HOJE E SEMPRE!!!

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