Monlevadense envia comunicado ao Hospital Margarida
Belo Horizonte, 25 de fevereiro de 2021
À
Associação São Vicente de Paula
Hospital Margarida
Atendendo a vossa solicitação, uso deste comunicado
formalizar reclamação referente a atendimento no “pronto atendimento” da
entidade hospitalar. Mas vou além, solicito registro de reclamação também do
não desenvolvimento por parte dos gestores de conflitos desta, de ferramentas
de bloqueios de anomalias, ou se fazem não aproximam em níveis mínimos a que o
processo exige.
Nos últimas 20 anos, monlevadenses têm ficado expostos a
inúmeras falhas de atendimento no setor citado/pronto socorro desta entidade,
fatos que são de conhecimento público. Constantemente divulgado pela impressa e
na última década, de forma até mesmo irresponsável, expostas em redes sociais.
Temos que promover um basta, e esperançoso exponho abaixo momentos em estive
diretamente envolvido em fatos/ocorrência, classificáveis nesta monta.
Há aproximadamente 25 anos em que fui exposto a uma situação
nada excêntrica, em que a demora de atendimento foi tão grande, que quando o
médico chegou, já não se fazia necessário, pois a terrível cólica acompanhada
por hematúria que me levou a buscar atendimento havia passado. Alguns anos
depois, conversando com o médico, que estava na condição de meu professor,
sobre fato ele disse não mais lembrava do ocorrido, mas confirmou que situações
desta natureza aconteciam sim, e que ele decidiu se adequar na época para não
ser ator de cenas assim. Hoje considero este ocorrido jocoso, mas outras 3
(três) situações, poderiam nos expor a risco de vida, aí vão:
1º fato- Balbúrdia no pronto socorro – Ocorrido comigo, há
aproximadamente 20 anos, quando fui buscar atendimento apresentar forte
mal-estar. O médico se apresentava psicologicamente normal, sorria o tempo todo
durante meu relato e ao me silenciar, ele preencheu receita indicando
medicamentos que mesmo leigo considerei inadequados e decidi que iria a outro
médico. Ao sair do consultório algumas pessoas, já atendidas aproximaram e me
perguntaram se eu tinha achado que o médico era doido.
Não me exitei, fechei o consultório e exige que outro médico
me atendesse. Fui atendido pelo Dr Sidnei Barnabé que me medicou adequadamente.
Estava com pressão arterial elevada.
Exige a troca do médico que ocorreu sem nenhuma objeção pela
entidade. Alguns dias depois fui informado que aquele médico do imbróglio
estava a mais de 70 horas de plantão. Era uma artimanha utilizada por alguns
médicos na época que faziam diversos plantões em hospitais distintos em
sequência, visando acúmulo expressivo de honorários em curtíssimo tempo.
2º- Erro continuado – Ocorrido em 2020, levamos ao hospital
minha irmã Luci Aparecida Santos com fortíssimas dores abdominais, que após
examinada pelo plantonista, foi medicada com morfina e foi liberada. Dia
seguinte retornamos, e novamente a morfina entrou em ação. Me lembro que em uma
das ocorrências ocorreu a troca de plantão e a médica sequer examinou, apenas
prescreveu morfina novamente.
Foi quando decidimos nos direcionar para o Hospital
Luxemburgo em BH. Porém fomos direcionados para uma UPA em BH, para que ela
fosse encaminhada por médico clínico e assim seria atendida por especialista da
oncologia pois o pronto socorro estava fechado devido a transferência de
paciente internados do Mário Penna para o Hospital Luxemburgo. Nos direcionamos
para a UPA mais próxima e para nossa surpresa o médico solucionou o problema
sem medicação. Era uma falha na sonda de alimentação não observada por médicos
do Hospital Margarida. Levei o fato a conhecimento de profissionais do Hospital
Margarida para que alguma ação fosse tomada.
3º- Atendimento inadequado – Este último ocorrido nesta
segunda feira dia 22/02, estivemos novamente com minha irmã Luci no Hospital
Margarida com fortes dores na região do pescoço. Após os considerados pelo
médico que atendeu apropriados os procedimentos/metodologia aplicados, este foi
veementemente questionado pela acompanhante Lourdes de Fátima Santos, também
minha irmã, enfermeira com vasta experiência em pronto socorro. Entretanto não
logramos êxito em convencimento do profissional médico que atendia, e novamente
nos direcionamos para o Hospital Luxemburgo em BH. Fomos devidamente atendidos,
a Luci está internada, recebendo atendimento adequado.
No momento que saíamos do Hospital Margarida paramos frente
ao consultório do médico que se encontrava perdido diante de papéis, enquanto
inúmeros pacientes aguardavam atendimento. A Lourdes comunicou ao médico as
nossas decisões, e este chegou a expressar que tinha muito a fazer, preencher
papeis, atender emergência interna, entre outras atividades.
Não me restou outra ação diante de tudo isto que relatei.
Gravei um vídeo, tornando-o público visando o fim de imbróglios a que o
Hospital Margarida se encontra exposto. Pacientes, profissionais
atendentes/enfermeiros/médicos e vítimas de um sistema podre, nefasto e
politizado da saúde pública em João Monlevade.
Considero corretos os primeiros passos dados por nós,
clientes e fornecedores, exposição de fatos e disposição para soluções.
Coloco-me à disposição, dentro de minhas possibilidades, ser colaborador na
construção de ferramentas para controle do processo relatado.
Atenciosamente,
Werton Conceição Santos
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