São Gonçalo do Rio Abaixo se prepara para o 17º Festival de Inverno
São Gonçalo do Rio Abaixo se prepara para o seu 17º Festival de Inverno, que
será realizado de 13 e 22 de agosto. Mais uma vez online, devido rígidos protocolos de prevenção a Covid-19, e totalmente gratuita, a programação contará com lives exclusivas pelo YouTube como a do cantor e compositor Paulinho Pedra Azul, que divide o palco com duas “pratas da casa”: a cantora Graci e Deângelo Silva, pianista, compositor e arranjador da nova geração da música instrumental.
Outros nomes estão incluídos no festival: o cantor e humorista Saulo Laranjeira,
a banda Tianastácia e a dupla sertaneja Marcelo & Ryan, que também receberão artistas são-gonçalenses em seus shows. A programação terá, ainda, um dia especial para as crianças, o grupo de música infantil Pé de Sonho.Durante o mesmo período, acontece o 3º Festival Gastronômico de São Gonçalo do Rio Abaixo, distribuindo R$15 mil em premiações aos melhores pratos do ano, dentre opções criadas exclusivamente por 15 estabelecimentos da cidade, que possui cerca de 12 mil habitantes.
Os menus participantes poderão ser pedidos por delivery ou, em alguns casos, retirados no local. “A ideia é colaborar com a classe artística e com o setor
alimentício, tão afetados pela pandemia. Esperamos que os estabelecimentos consigam ter vendas significativas, principalmente pelo delivery, que tanto tem sido importante. Também é uma forma de valorizar os artistas da cidade, que praticamente não tocam há mais de um ano, e principalmente de viabilizar seus trabalhos”, afirma o secretário municipal de cultura de São Gonçalo do Rio Abaixo, Aulus de Souza Rodrigues.Nesses 17 anos, o Festival de Inverno de São Gonçalo já recebeu nomes como Milton Nascimento, 14 Bis, Jair Rodrigues, Maria Gadu, Ed Motta, Jorge Vercílio, Frejat, Titãs, Pato Fu, entre outros tantos artistas de projeção nacional,
além de promover apresentações de artistas locais de diferentes gêneros musicais. “A gente sempre inclui uma grande variedade de estilos e linguagens artísticas. Desta vez, temos heavy metal, sertanejo, música católica, música instrumental, jazz”, comenta Aulus de Souza Rodrigues, ressaltando que a Prefeitura de São Gonçalo nem pensou em desistir do Festival de Inverno na pandemia. “Pelo contrário. Desde o princípio, pensamos em como realizá-lo de maneira satisfatória. Perdemos o contato com o público, aquele ambiente democrático da praça; mas, com o online, ganhamos em alcance. Então, a ideia é amplificar ainda mais as vozes de São Gonçalo”, diz o secretário.Trazendo como conceito a história e as memórias afetivas, o
terceiro Festival Gastronômico de São Gonçalo do Rio Abaixo acontece nos finas
de semana de 13 a 15 de agosto, e de 19 a 22. Entre os 15 participantes, estão
13 estabelecimentos alimentícios, além de uma cervejaria e uma cachaçaria.
“Neste ano, estamos trabalhando as origens. Pratos que valorizem a memória afetiva
e a história de São Gonçalo. Temos muita variedade: são estabelecimentos que
servem hamburger, carne de panela, pizza, peixe, costela”, conta a consultora
Laura Cota, coordenadora da equipe de consultoria gastronômica do festival.
Todos os participantes tiveram que inscrever dois pratos: um
que já servem em seus espaços e outro criado exclusivamente para o festival,
com ingredientes produzidos em São Gonçalo do Rio Abaixo. “A cidade tem uma
coisa do quintal, do ingrediente da horta. A ora pro nobis, a goiaba. O doce de
frutas, as compotas. O requeijão, o queijo caseiro. Muita banana, que é comum
na região. Sopa de banana, banana chips”, afirma Laura Cota, reiterando o
destaque aos doces, como a goiabada de Barão de Corais. “Não é função do
festival descobrir o ingrediente típico de São Gonçalo, mas com certeza ele
ajuda a fazer esse resgate, a levantar esse histórico”.
Após inscreverem seus pratos, os participantes passaram por
consultorias com o chef André Barreto, do blog Cozinhe para Ela. Na primeira etapa,
Barreto viu os pratos e incentivou os participantes virtualmente, antes de,
enfim, visitar as cozinhas e provar os menus, para dar sugestões de ajustes e
opiniões. Na próxima visita, o chef apenas provará os pratos e dará suas notas.
Na fase final, quem decide é o público. Avaliados pelos critérios de “origem”,
“inovação” e “serviço”, os cinco primeiros colocados receberão premiações em
dinheiro. “O Festival Gastronômico é uma forma de a ajudar a construir outra
vertente econômica que não seja só essa pautada na mineração. Temos visto
resultados, já que as inscrições seguem aumentando a cada ano e o setor
continua ativo, mesmo diante dos desafios da pandemia”, diz Cota.
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