sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

O banquete arriado 

Eu era puro olhos naquele quintal de flores e árvores de frutos comestíveis. E  meu alvo eram elas, a doces e negro - azuladas jabuticabas. O cheiro se sobrepunha, bem como suas formas e tamanhos "biroscados". Jabuticabeira é mesmo uma lição de vida e muito me remete à  história daquele velho sábio  que, mesmo sabendo que já pouco viveria, resolveu plantar esta, que é  uma árvore de fruto demorado e que demanda até quinze anos para o meu e o deleite de muitos apreciadores dessa gostosa e suculenta frutinha. A época é  

dela, mas o prazer é  meu, seu e nosso, pois é um fruto que se come também com os olhos. Fruta cuja beleza é  proporcional a seu tamanho. Ou seja, quanto maior mais bela e  mais desejosa. Também é preciso pensar na advertência dada pelo jardineiro. Ele contesta as pessoas que vivem fechadas em seus mundos. Sempre que isso acontece não se criam belos jardins nem jabuticabeiras. Como resultado não haverá deliciosas jabuticabas para serem comidas. Essas são as pessoas que acham perda de tempo o cultivo da jabuticabeira. Que reflitamos sobre essa bela parábola e busquemos à nossa forma, regar nosso jardim, para que a beleza dele irradie em todas as direções, produzindo frutos doces e saborosos.

É lá que estão as maiores belezas da vida. No caso da jabuticaba, é  no chão que o banquete dessa deliciosa fruta se nos apresenta apetitoso e farto. Portanto,  não seria exagero de minha parte dizer que,  quando cheguei ao interior daquele quintal,  o banquete estava arriado e no chão, servido nos pés da majestosa Jabuticabeira.

*Texto do Ednei Xavier da coluna " Percurso" do jornal Babados & Badalos 

Fiquem comigo e com Deus, hoje e sempre!!!

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