Miss
Beleza Negra passa a faixa para sucessora nesta noite
Na
noite desta quinta-feira(25), Thainá Valesca, depois de carregar no peito por
um ano a faixa Beleza Negra do Vale do Aço, vai conhecer a sua sucessora, na
segunda edição do evento, que acontece no Industrial Esporte Clube, em Ipatinga.
O evento é Organizado pela cabeleireira Nicole Vieira e seu esposo Vinícius
Vieira. O certame marca o Dia
Internacional da Mulher Negra. E logo mais estarei presente, atendendo ao
convite para atuar junto aos demais na mesa julgadora.
Sendo
recebida por este colunista, durante sua participação da mesa do júri do Miss e
Mister Afro 2018
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Texto do Ednei Xavier, que será publicado em sua coluna na próxima edição do jornal Babados e Badalos
Minha
casa adormece e acorda comigo
Dentro
de cada casa existiu, existe e sempre existirá um "modus vivendi"
peculiar a todos os seus entes constituídos, pai, mãe e filhos. O despertar do
sono é um deles, cada um se vira como bem lhe convém, respeito todas as formas,
desde que não impute essa obrigação a outrem, pois o despertar é de cada um.
Uns fazem com o relógio despertador, outros ouvem o galo cantar, embora não
precise, ouço o galo, no terreiro
da vizinha, bem de manhãzinha, isso me enche
de saudosismo pueril e aproveito para puxar a coberta até a cabeça, pois o galo
é madrugador, bem diferente de mim. Tive vizinho que colocava o despertador
dentro de uma lata, daquelas antigas de leite ninho, acreditava ele que isso
potencializava o barulho. Era verdade, pois o barulhento som escapava e invadia
a casa do vizinho do outro lado. Na minha casa, nunca existiu relógio
despertador nem por isso errávamos hora. Nunca acontecia de errar hora, pelo
menos, não para acordar, para se alertar. Se passasse do horário, era por causa
da preguiça de se levantar, mas acordávamos sempre no horário exigido. Vez por
outra, meu pai gritava da cozinha, "o café está coado".
Desnecessário, porque o aroma tomava conta da casa. Puro carinho e atenção é
que justificavam esse momento. Minha mãe nunca foi matutina, não me lembro dela
se levantando e acordando junto com a casa. Isso era coisa de meu pai, apenas,
e nossa, quando algum compromisso exigia. Exceção ela tinha, a missa da
Eucaristia, aos domingos. Acordava, se levantava e acordava a casa toda. O
momento e o dia eram para agradecer o sono e o despertar de todos os dias, na
igreja São José Operário. Parte ruim, atravessar a "ponte do rio que quase
cai", em frente ao Café Rex, casa de Nete da saudosa dona Lília. Hoje
compreendo a oração de mãe e suas ordens na hora de nos colocar pra dormir.
Minha mãe era categórica, durma com Deus, que ele o abençoe e não SE ESQUEÇA de
que precisa acordar cedo. Bastava essa ordem alertando para a responsabilidade
do dia seguinte, pois relógio despertador era impensável. O de parede era tão
silencioso, que, para confirmar o seu funcionamento, só mesmo olhando pra ele.
Caso contrário, nem se percebia sua existência. Talvez esteja aí, a razão pela
qual nosso relógio biológico sempre funcionou. E assim é também na minha casa
atual, sozinho e com meus gatos de botas.
FIQUEM COMIGO E COM DEUS, HOJE E SEMPRE!!!
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