Colisões com postes já prejudicaram
fornecimento de energia de 700 mil
clientes em Minas Gerais neste
ano
Nos sete primeiros meses de 2020, a Cemig
registrou mais de quase 2.000 ocorrências de colisões de veículos com postes,
que prejudicaram cerca de 700 mil clientes em toda a área de concessão da
companhia. Além do prejuízo no fornecimento do serviço, esses acidentes são
muito perigosos para as pessoas que estão nos automóveis e também para aquelas
próximas ao local. Somente na Região Metropolitana de Belo Horizonte foram 358
acidentes, que interromperam o serviço para cerca de 150 mil unidades
consumidoras da empresa.
O gerente de Saúde e Segurança do Trabalho da
Cemig, João José Magalhães Soares,
ressalta que, quando ocorre esse tipo de acidente, é importante que as pessoas
fiquem dentro do veículo, para que não haja risco de eletrocussão com fios da rede
de distribuição caídos ao solo.
“Se
houver fios caídos no chão, é possível que, ao sair do carro, a pessoa sofra um
choque elétrico, que pode ser de até 13 mil volts, caso seja uma rede de média
tensão. O único caso em que a pessoa deve deixar o veículo imediatamente é em
situações de incêndio.
“Mas quando for necessário sair do veículo”,
continua o engenheiro, “a pessoa tem que
abrir a porta sem tocar no solo, colocar os braços em forma de cruz junto ao
peito e saltar o mais longe possível do automóvel e sem tocar ao mesmo tempo no
solo e em qualquer parte do veículo”, orienta.
“Geralmente,
os serviços são complexos e demandam tempo e diversas equipes, pois envolvem o
isolamento da área afetada, a retirada do veículo e a substituição ou
reconstrução do poste quebrado e da rede elétrica, o que traz transtornos ao
trânsito e à população”, explica o gerente da Cemig.
Paliativo técnico
Muitas pessoas têm dúvidas em relação a um
procedimento paliativo adotado pela Cemig para o restabelecimento de energia o
mais rápido possível. Em diversas ocorrências, a companhia apoia o poste
derrubado pela colisão de veículos temporariamente com uma peça madeira.
Vale esclarecer que esse procedimento técnico é totalmente seguro e
deixa a estrutura com resistência semelhante ao estado original e é feita
geralmente por ser inviável a troca do poste naquele momento, devido às
condições do local da colisão, maior tempo para a substituição definitiva e
necessidade de liberação da via pelas autoridades de trânsito.
Custos devem ser arcados pelo dono do veículo
Outra informação que vale esclarecer é que o
motorista causador do acidente tem prazo de até 60 dias para ressarcir os danos
causados à rede da Cemig. Somente a estrutura do poste custa, em média, cerca
de R$ 4 mil reais. Esse valor pode subir para até R$ 10 mil em caso de danos a
equipamentos, como transformadores e religadores. Em Minas Gerais, a média é de 10 postes
derrubados por colisões de veículos por dia. Na Região Metropolitana, três
postes são danificados diariamente em acidentes de veículos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário