quarta-feira, 2 de setembro de 2020

 

Colisões com postes já prejudicaram fornecimento de energia de 700 mil  clientes  em Minas Gerais neste ano

 Nos sete primeiros meses de 2020, a Cemig registrou mais de quase 2.000 ocorrências de colisões de veículos com postes, que prejudicaram cerca de 700 mil clientes em toda a área de concessão da companhia. Além do prejuízo no fornecimento do serviço, esses acidentes são muito perigosos para as pessoas que estão nos automóveis e também para aquelas próximas ao local. Somente na Região Metropolitana de Belo Horizonte foram 358 acidentes, que interromperam o serviço para cerca de 150 mil unidades consumidoras da empresa. 

O gerente de Saúde e Segurança do Trabalho da Cemig,  João José Magalhães Soares, ressalta que, quando ocorre esse tipo de acidente, é importante que as pessoas fiquem dentro do veículo, para que não haja risco de eletrocussão com fios da rede de distribuição caídos ao solo.

 “Se houver fios caídos no chão, é possível que, ao sair do carro, a pessoa sofra um choque elétrico, que pode ser de até 13 mil volts, caso seja uma rede de média tensão. O único caso em que a pessoa deve deixar o veículo imediatamente é em situações de incêndio.

 “Mas quando for necessário sair do veículo”, continua o engenheiro,  “a pessoa tem que abrir a porta sem tocar no solo, colocar os braços em forma de cruz junto ao peito e saltar o mais longe possível do automóvel e sem tocar ao mesmo tempo no solo e em qualquer parte do veículo”, orienta.

 “Geralmente, os serviços são complexos e demandam tempo e diversas equipes, pois envolvem o isolamento da área afetada, a retirada do veículo e a substituição ou reconstrução do poste quebrado e da rede elétrica, o que traz transtornos ao trânsito e à população”, explica o gerente da Cemig.

 Paliativo técnico

Muitas pessoas têm dúvidas em relação a um procedimento paliativo adotado pela Cemig para o restabelecimento de energia o mais rápido possível. Em diversas ocorrências, a companhia apoia o poste derrubado pela colisão de veículos temporariamente com uma peça madeira.

 Vale esclarecer que esse  procedimento técnico é totalmente seguro e deixa a estrutura com resistência semelhante ao estado original e é feita geralmente por ser inviável a troca do poste naquele momento, devido às condições do local da colisão, maior tempo para a substituição definitiva e necessidade de liberação da via pelas autoridades de trânsito.

 Custos devem ser arcados pelo dono do veículo

 Outra informação que vale esclarecer é que o motorista causador do acidente tem prazo de até 60 dias para ressarcir os danos causados à rede da Cemig. Somente a estrutura do poste custa, em média, cerca de R$ 4 mil reais. Esse valor pode subir para até R$ 10 mil em caso de danos a equipamentos, como transformadores e religadores.  Em Minas Gerais, a média é de 10 postes derrubados por colisões de veículos por dia. Na Região Metropolitana, três postes são danificados diariamente em acidentes de veículos.

 

 

 

 

 

 

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